Filó S/A, Duda Damewer e Multimetais se destacaram na relação com o comércio internacional em 2018 e receberam o Prêmio Rio Export.
Por: Redação
Empresas de Nova Friburgo, RJ, foram premiadas pela Firjan pela
destacada atuação no mercado exterior em 2018. Multimetais, Duda Damewer e Filó
S/A receberam o Prêmio Rio Export, que valoriza e estimula o desempenho das
indústrias nas relações com o mercado internacional.
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Premiados junto aos conselheiros da Firjan Centro-Morte
e equipe da Firjan Internacional. (Foto: Divulgação) |
A empresa Duda Damewer, fabricantes de artefatos para a
construção civil, recebeu o prêmio pelo Destaque de Relacionamento
Internacional. A empresa possui 300 funcionários, mais de 700 produtos no
mercado e vendas no direcionadas para o Brasil e América Latina.
Já a
Multimetais, há 30 anos no mercado de fechaduras e acessórios de vidros, foi
premiada na categoria Destaque Firjan Internacional e a Filó foi reconhecida
como destaque em exportações da Firjan Centro-Norte.
Wanderson Duarte, supervisor de produção da Filó, agradeceu
o prêmio e destacou que este é um reconhecimento pelo trabalho desenvolvido
numa das principais empresas do setor de moda íntima em Nova Friburgo. A
empresa mantém relações comerciais com o mercado nacional, além de países do Mercosul,
América Central e do Norte, Europa e Ásia.
O Rio Export é dado pela Firjan às empresas com alto
desempenho nas exportações estaduais. Desde o lançamento da iniciativa, em
1998, mais de 220 empresas fluminenses de diferentes setores e níveis tecnológicos
foram reconhecidas pela cultura exportadora no estado.
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Premiados junto a presidente do Sindgraf, Marcia Carestiato
e equipe da Firjan Internacional. (Foto: Divulgação) |
Diagnóstico do Comércio Exterior
Técnicos da Firjan Internacional também apresentaram
informações do novo Diagnóstico do Comércio Exterior que mostrou que o estado
do Rio de Janeiro registrou, em 2018, a maior corrente de comércio desde 2004,
totalizando US$ 54 bilhões. Com isso, a participação fluminense no saldo
comercial do Brasil foi de 13%. O estado registrou ainda um superávit na
balança comercial de US$ 6 bilhões.
O estudo traça o perfil das empresas fluminenses que atuam
no mercado internacional, a partir de entrevistas e das bases de dados da
Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Na série história analisada, a
participação do estado nas exportações brasileiras passou da quinta para a segunda
posição, ficando atrás apenas de São Paulo.
De acordo com o documento, os principais bens exportados em
2018 foram provenientes da indústria de Petróleo e Gás Natural, com US$ 18
bilhões (63%), representando uma variação de 136% em relação a 2016. “Os
números refletem o período de retomada da indústria de P&G, cujo
crescimento foi notável”, analisou Flávia Alves, especialista em Comércio
Exterior da Firjan.
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Gustavo Sarruf, presidente do Sinduscon, entre o prêmio ao
diretor comercial da Multimetais, Vinícius Bairral Abreu. (Foto: Divulgação) |
De acordo com a pesquisa, a percepção dos empresários
fluminenses com relação aos entraves às exportações estava reduzindo,
entretanto, esta última edição detectou aumento, atingindo 76%. Os entraves
mais citados foram: Burocracia tributária, com 47%; e Custos tributários e
dificuldade no ressarcimento de crédito, com 22%. Vale ressaltar que esses dois
entraves vêm crescendo desde 2013.
Além disso, o diagnóstico também aponta que
a utilização obrigatória da Declaração Única de Exportação (DUE), no Portal
Único de Comércio Exterior, tem sido bem-sucedida. Das empresas ouvidas, 82%
afirmaram não terem encontrado dificuldades. “Isso mostra que o objetivo de
facilitar o processo de exportação foi alcançado”, observou Flávia.
Perfil das importadoras
Quando analisado o perfil das empresas importadoras, a
pesquisa detectou que 48% compram produtos finais, 28% matérias-primas e 24%
importam ambos. “O que pudemos identificar é que a grande maioria das empresas
fluminenses importa tanto matéria-prima quanto produto final para vender
predominantemente para o mercado interno”, explicou.
Sobre as mudanças dos processos de Declaração de Importação
(DI) e Licença para Importação (LI) para Declaração Única de Importação
(DUIMP), 52% afirmaram ter conhecimento a respeito das alterações. Em relação
às expectativas com essas mudanças, 33% das empresas esperam que o desembaraço
da mercadoria seja mais rápido e 21% esperam diminuir a burocracia na
importação. “Os anseios manifestados pelo empresariado reforçam a importância
da implementação completa do portal único para melhoria do ambiente de negócios
de comércio exterior”, destacou Flávia.
O vice-presidente da Firjan Centro-Norte, Vicente Ribeiro
com Wanderson Duarte, da Filo S/A e Vinícius Bairral Abreu, da Multimetais. (Foto: Divulgação) |
Negociações multilaterais
O diagnóstico também lançou questões acerca das negociações
multilaterais em curso, buscando detalhar as vantagens e desvantagens
apontadas. Sobre o Mercosul, 62% indicaram vantagens com o bloco, sobretudo em
relação à isenção ou redução de tarifas. “Isso demonstra a importância do
governo realizar a redução tarifária de forma transparente, com a participação
dos setores produtivos”, frisa Giorgio Luigi Rossi, coordenador da Firjan
Internacional.
Por outro lado, o percentual de empresas que enfrentaram algum
tipo de problema nos processos de exportação ou importação com países do
Mercosul aumentou de 18% para 38%.
Outro ponto de destaque no diagnóstico é que 68% das
empresas declararam ser favoráveis à abertura do mercado brasileiro e 52% estão
interessadas nas negociações que o país vem participando com o Mercosul.
Os
negócios que aparecem como de maior interesse são com a China, União Europeia,
Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA) e EUA. “É interessante observar
que a pesquisa foi feita antes da conclusão dos acordos Mercosul–União Europeia
e Mercosul–EFTA, o que mostra que já existia uma expectativa positiva do
empresariado”, argumenta Rossi.
A íntegra do Diagnóstico do Comércio Exterior do Estado do
Rio de Janeiro está disponível no site da Firjan