É
fundamental que os moradores que vivem em área de risco do município procurem
por um local seguro em caso de fortes chuvas.
Por: Redação
A quantidade de chuva nos
primeiros 12 dias de março foi 189% maior em algumas regiões da cidade em
relação ao mesmo período do ano passado. Os índices mostram que em locais como
o São Sebastião o acumulado chega a 233 milímetros contra 44mm no mesmo período
de 2017. No Independência, local em que no sábado passado choveu 122
milímetros, o índice está 128% maior que no ano passado. Os dados são
registrados pelos pluviômetros da Secretaria de Defesa Civil e Ações
Voluntárias que estão acoplados às sirenes do Sistema de Alerta e Alarme.
Defesa Civil de Petrópolis, RJ, realiza campanha nos bairros para alertar moradores. (Foto: Marcello Santos) |
Por conta do grande
acumulado dos últimos dias, a prefeitura está reforçando junto às comunidades a
importância de os moradores de áreas de risco saírem de casa em caso de chuva
forte - pontos de apoio, escolas e igrejas estão disponíveis neste caso. No sábado
passado foram acionadas as sirenes do Independência, Quitandinha – Espírito
Santo, Ceará e Amazonas - Dr. Thouzet, Alto da Serra, Vila Felipe e
Sargento Boening, mas nenhum morador procurou pelos locais de abrigo.
A Defesa Civil reforça que é fundamental que
os moradores das áreas de risco sigam a orientação e procurem um local seguro
em caso de chuva forte.
"Existe um protocolo
que os técnicos da Defesa Civil seguem para fazer o acionamento das sirenes.
Quando o equipamento toca, significa que o acumulado de chuva está muito alto e
que podem acontecer deslizamentos de terra naquela área. Ou seja, para
preservar sua vida, o morador precisa ir para o ponto de apoio do seu
bairro", explica o secretário de Defesa Civil e Ações Voluntárias, coronel
Paulo Renato Vaz.
Os índices de chuva estão
mais altos desde janeiro em comparação com o ano passado. Por conta disso, a
Defesa Civil distribuiu mais de 10 mil cartilhas prevenção aos desastres
naturais e fixou 200 cartazes do programa SOS Chuvas nas comunidades da cidade
nos dois primeiros meses de 2018. O trabalho preventivo serve também para
orientar a população sobre como agir no momento das fortes chuvas, além de
reforçar a importância das sirenes do Sistema de Alerta e Alarme.
Também com esse objetivo,
foram trocadas as placas dos pontos de apoio do município em janeiro e desde o
ano passado são realizados os testes noturnos das sirenes.
Comunidades participaram
de 16 simulados no ano passado
Em 2017 foram 16 testes de
acionamento das sirenes, sendo 10 diurnos e seis noturnos. O trabalho é
realizado mensalmente no dia 10, às 10h, e no dia 20, às 20h, fora do período
de verão. Petrópolis conta com 20 equipamentos espalhados por 12 bairros do
município: Gentio, Vale do Cuiabá, 24 de Maio, Alto da Serra, Bingen, Dr.
Thouzet, Independência, Quitandinha, São Sebastião, Sargento Boening, Siméria e
Vila Felipe.
"Desde o ano passado
a prefeitura investe no trabalho organizado e antecipado. Por isso a resposta
do governo para as tragédias causadas pela chuva está sendo rápida e
eficaz", garante Paulo Renato, lembrando que na elaboração do Plano Verão
2018 participaram 216 pessoas de 42 instituições, garantindo assim a
organização dos recursos e maquinários para o pronto atendimento à população em
caso de tragédia.
Pontos de apoio abertos quando as sirenes tocam
A prefeitura entregou em
fevereiro uma cópia das chaves de acionamento das sirenes do Sistema de Alerta
e Alarme para todos os 45 responsáveis pelos pontos de apoio cadastrados no
município. A ação tem o objetivo de garantir que os equipamentos funcionem no
momento das fortes chuvas. Um agente da Defesa Civil acompanha a abertura
desses locais, para garantir que estejam à disposição da população. Outra
medida de prevenção realizada foi o simulado de evacuação dos moradores para os
pontos de apoio.
"No ano passado
realizamos esse simulado de evacuação na Rua João Xavier e no São Sebastião com
o objetivo de explicarmos para a comunidade a importância do Sistema de Alerta
e Alarme.
Em locais de risco, mesmo
ao dia e sem chuva pode ocorrer o deslizamento, em função da saturação do solo
pela água. A população deve tirar dúvidas e buscar orientação com a Defesa
Civil que mantém plantão 24 horas pelo telefone 199”, orienta o secretário de
Defesa Civil, lembrando também que os moradores de área de risco que não contam
com as sirenes devem procurar por locais seguros, como Igrejas e Escolas
Municipais.