O encontro do Programa aconteceu nos dias 06 e 07 dezembro com representantes de vigilâncias sanitárias estaduais e municipais de todo o país.
Por: Redação
Petrópolis vem avançando
na conscientização e vigilância ao uso de agrotóxicos nos alimentos
comercializados no município. A prefeitura participou pela 1ª vez da Reunião
Geral do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA) da
Anvisa, em Brasília. O programa foi reimplantado em agosto de 2017 junto com a
realização do Seminário de Vigilância da Saúde da População Exposta
ao Agrotóxico. São 237 produtos listados para análise que ocorre
mensalmente em fiscalizações da Vigilância Sanitária.
Encontro aconteceu nos dias 06 e 07 de dezembro. (Foto: Divulgação/PMP) |
O
secretário de Saúde, Silmar Fortes, explica que em abril reestruturou o
programa de Vigilância da Qualidade da Água (VIGIAGUA) que analisa a
potabilidade da água para consumo, além de colher as amostras em nascentes no
município. A fiscalização dos índices de agrotóxicos nos alimentos
expostos é realizada pela Vigilância Sanitária que coleta as amostras e assim
como a água são encaminhadas ao Lacen RJ - Laboratório
Central de Saúde Pública do Rio de Janeiro Noel Nutels para análise – até o
momento o município vem mantendo os índices de qualidade.
O
encontro do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos da
Anvisa ocorreu nos dias 06 e 07 dezembro com representantes de vigilâncias
sanitárias estaduais e municipais de todo o país, além de analistas dos
Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacens), responsáveis pelas análises do
programa. O grupo traçou estratégias para o monitoramento dos alimentos
expostos a agrotóxicos e comercializados em todo o Brasil.
“Uma das metas do nosso prefeito é incentivar
a produção agrícola em Petrópolis melhorando a estrutura de apoio aos
produtores. Estamos em processo de reimplantar o plano de vigilância e
reativação da Comcab (Comissão Municipal de
Controle de Agrotóxicos e outros Biocidas) será fundamental
criarmos ações efetivas de educação continuada, fiscalização sobre o uso e
descarte das embalagens, além das ações de prevenção e promoção a saúde”,
afirma o Secretário de Saúde, Silmar Fortes.
O município é o maior produtor de alimentos orgânicos de todo o
Estado e a prefeitura tem o objetivo de incentivar essa produção, além de
acompanhar a utilização do produto químico ou biológico – comercialização,
utilização pelo produtor rural e o descarte de embalagens – para definir ações
de promoção, prevenção e vigilância em saúde à população exposta.
A
coordenadora da Vigilância Sanitária, Dayse Carvalho explica que o Programa de
Análise de Resíduos de Agrotóxicos já analisou alguns alimentos que são
presentes na alimentação diária dos petropolitanos: arroz, alface, tomate,
cenoura, além de frutas como laranja e manga.
“Os
municípios são capacitados para o programa e para as coletas dos alimentos no
comércio local que são os mercados, quitandas, hortifruits, entre outros.
Comprovamos a procedência dos produtos pelas notas fiscais dos mercados, que
são sensibilizados para nos atender e colaborar no fornecimento das informações
que são de extrema importância para a rastreabilidade dos laudos dessas
análises. Através do monitoramento de agrotóxicos nos alimentos e os
impactos que isso pode causar a saúde da população, dos animais e ao ambiente
podemos traçar ações preventivas”, reforça Dayse Carvalho.
A diretora do Departamento de Vigilância em
Saúde, Elisabeth Wildberger, explica que o Programa de
Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos faz parte do Plano de Ações de
Vigilância da Saúde de População Exposta a Agrotóxicos que prevê a
elaboração de material educativo sobre agrotóxicos para produtores
rurais, além de cadastro e fiscalização à comercialização, utilização pelo
produtor rural e o descarte de embalagens.
“Uma
das diretrizes do Plano de Ações de Vigilância da Saúde de População Exposta
a Agrotóxicos é fornecer a capacitação para profissionais da
assistência para realizar o diagnóstico de intoxicação, além da notificação dos
casos junto à Epidemiologia. A Vigilância Sanitária realiza a fiscalização nos
produtos que são comercializados, mas a nossa meta é conscientizar o produtor
desde o plantio dos alimentos”, reforça Elisabeth Wildberger.