Área atingida do Parque da Serra dos Órgãos ainda não foi calculada.
Animais são vítimas; Marinha deve enviar helicóptero ajudar bombeiros.
Incêndios já atingiram área correspondente a 2.200 campos de futebol (Foto: Divulgação/Parnaso) |
Ouriço intoxicado pela fumaça foi levado para laboratório do Parnaso (Foto: Divulgação/Parnaso) |
“Tivemos a informação de que o incêndio entrou na área do Parnaso já na noite de domingo. Como se trata de um local de difícil acesso, ainda não sabemos a proporção e a área atingida”, explicou Leandro Goulart, chefe do Parnaso, que recebeu dois animais resgatados das chamas. “O ouriço está bastante intoxicado e com dificuldade para se alimentar. Os veterinários não tiveram tempo de socorrer a paca, que morreu no caminho”, lamentou Leandro. Segundo ele, muitas espécies são afetadas. “Cobras e ninhos de pássaro, por exemplo, são atingidos com frequência”, revelou.
Bombeiros, Parnaso, RBA e ICMBio atuam no combate às chamas (Foto: Divulgação/Parnaso) |
Os incêndios são, em sua maioria, provocados pela população, o que configura crime ambiental. A lei federal 9.605, de 1998, prevê prisão de dois a quatro anos e multa. Segundo Sérgio Bertoche, analista ambiental e chefe da APA Petrópolis, o incêndio florestal que atinge a região do Bonfin e Araras pode ter sido proposital. “Uma pessoa ficou de nos enviar fotos que flagram o momento em que um homem ateia fogo no local. Com as imagens vamos abrir um procedimento administrativo e responsabilizar o culpado. Esperamos que sirva de exemplo”, afirmou Sérgio, que acrescenta: “Desde 2009 não vejo um caso como este de tantos focos. Pela cor do céu é possível ter uma ideia da gravidade da situação”, pontua.
Incêndio já atingiu cerca de 150 hectares nas regiões de Bonfim e Araras (Foto: Divulgação/Parnaso) |
Sérgio acrescenta que os proprietários de terrenos particulares terão a área embargada até que seja feita a restauração. “Muitas são áreas de mata atlântica em estágio inicial, ou seja, com vegetação de até 5 metros de altura. As pessoas colocam fogo para descaracterizar e fugir das obrigações impostas em uma área de preservação”, disse o analista ambiental, ressaltando que a prioridade no momento é extinguir o fogo.
Fri Notícias/G1 Região serrana