Em 2017 foram realizados 8.988 exames em toda rede da Saúde e, destes, 5.458 foram exames de rastreio, em mulheres de 50 a 69 anos atingindo 58% do público estimado.
Por: Redação
Assumindo
a referência na assistência à saúde da mulher, Petrópolis está se destacando no
país na realização do exame de mamografia. Apenas em 2017 foram realizados 8.988 exames em toda
rede da Saúde e, destes, 5.458 foram exames de rastreio, em mulheres de 50 a 69
anos atingindo 58% do público estimado. Neste ano, com a chegada de um novo
mamógrafo digital no HAC, a prefeitura pode, pela primeira vez, bater
a meta do Ministério da Saúde de ter 70% das mulheres de 50 a 69 anos com
o exame realizado.
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Novo mamógrafo digital no HAC, em Petrópolis. (Foto: Divulgação/PMP) |
Um levantamento recente da Sociedade Brasileira de Mastologia
apontou que a cobertura mamográfica de 2017 do SUS em mulheres da faixa etária
entre 50 e 69 anos é a menor dos últimos cinco anos, atingindo 24,1% da
cobertura. Em Petrópolis em 2013 foram realizadas 3.258 mamografias e em 2017
aumentou para 67,5% a oferta do exame totalizando 5.458 mamografias de rastreio
realizadas.
“Os números mostram que estamos no caminho certo. Eu luto por
essa causa há muitos anos, sou autor do projeto de lei que ampliou a realização
do exame de mamografia em todo o Estado e hoje me orgulho
em estar como prefeito aumentando o acesso das mulheres
aos exames preventivos de câncer de mama”, afirma o prefeito Bernardo
Rossi.
A
Sociedade Brasileira de Mastologia, em parceria com a UFRJ, destacou a
deficiência do Rio de Janeiro na prevenção ao câncer de mama com a falta de
mamógrafos. Em 42 cidades no Estado não há mamógrafos na rede pública. Já em
Petrópolis, a prefeitura oferece o exame em quatro unidades de Saúde – Hospital
Alcides Carneiro, Centro de Saúde e em duas clínicas particulares conveniadas
ao SUS.
“Tínhamos
esse desafio na gestão que era aumentar o acesso ao exame.
A mamografia é um exame importantíssimo para mulher, uma vez que
ao ser diagnosticada precocemente é o câncer que mais apresenta chances de
cura. Hoje Petrópolis tem a linha de cuidado de prevenção implantada desde o
processo de definição do diagnóstico, tratamento e reconstrução mamária
realizada pela equipe de mastologia do HAC”, avalia Silmar Fortes, secretário
de Saúde.
(Foto: Divulgação/PMP) |
90% dos exames preventivos são realizados por enfermeiros
Os
enfermeiros têm um papel importante dentro da Atenção Básica. Segundo dados do
Programa da Mulher a classe é responsável por 90% dos atendimentos que incluem
a coleta de preventivo e o exame clínico de mamas. No último levantamento
realizado pelo município, há 22.336 usuárias do Sistema de Único de Saúde e a
prefeitura buscará ampliar o acesso às ações preventivas de doenças e de
promoção da saúde da mulher.
“Nós
poderíamos ter batido a meta da realização de mamografias no ano passado, mas
devido à proibição nacional dos enfermeiros colherem o preventivo e
prescreverem o exame nossas ações do Outubro Rosa foram prejudicadas. A decisão
foi suspensa pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), em Brasília,
no dia 18 de outubro e estamos fortalecendo as estratégias para ampliar o
acesso às consultas e exames dentro do Programa da Mulher”,
anuncia Fabíola Heck, superintendente de Atenção à Saúde.
A encarregada do Programa de
Saúde da Mulher, Marilda Emmel Licht explica que para
ter acesso ao exame é preciso passar por
uma consulta onde é realizado o preventivo, exame clínico das mamas e o pedido da mamografia que é agendado direto pela equipe da unidade de
saúde.
“A mamografia deve ser
solicitada quando há alguma alteração nas mamas que é apontada após o exame clínico. A recomendação do Ministério da Saúde é
que a mamografia de
rastreamento seja realizada a cada dois anos em mulheres entre 50 e 69 anos.
Mas em casos específicos, como casos da doença na família, a recomendação dos
profissionais de Saúde é que a avaliação seja feita antes dos 35 anos e
anualmente. Além disso, o Ministério também preconiza que o tempo entre a
detecção da doença e o início do tratamento seja de até 60 dias. Estamos
cumprindo com todos os protocolos a fim de garantir a maior chance de cura a
essas mulheres”, disse.