Segundo o Firjan, foram registrados mais de 10 mil casos desse tipo de crime, um aumento de 7,3% na comparação com o ano anterior
O estudo “O impacto econômico do roubo de cargas no estado do Rio de Janeiro” pode ser acessado através deste link.
Por: Redação
O estado do Rio registrou 10.599 casos de roubo de cargas em 2017, o
equivalente a um crime a cada 50 minutos. De acordo com o estudo “O impacto
econômico do roubo de cargas no estado do Rio de Janeiro”, divulgado pelo
Sistema Firjan, o prejuízo chegou a R$ 607,1 milhões.
Foram registrados mais de 10 mil casos desse tipo de crime, um aumento de 7,3% na comparação com o ano anterior. (Foto: Divulgação) |
Na comparação com 2016, o aumento no número de roubo de cargas foi de
7,3%. Das 138 delegacias da Polícia Civil no estado, 11 concentraram mais da
metade das ocorrências de 2017.
O Sistema Firjan ressalta que estes locais
estão no entorno das principais rodovias fluminenses (BR-040/Washington Luiz,
BR-101/Avenida Brasil, BR-101/Niterói-Manilha, BR-116/ Presidente Dutra e
BR-493/Arco Metropolitano) e possuem trechos dominados pelo crime organizado,
que nos últimos anos vem utilizando o roubo de cargas como fonte de
financiamento do tráfico de armas e drogas.
Apesar do aumento geral na comparação com o ano anterior, houve redução
das ocorrências a partir de agosto de 2017, depois da implementação do Plano
Nacional de Segurança Pública (PNSP): os 4.511 casos observados de agosto a
dezembro representaram uma queda de 10,2% em relação ao mesmo período de 2016.
No entanto, a Firjan defende que a atuação conjunta dos governos federal e
estadual precisa ser reforçada, uma vez que 37 caminhões foram roubados por dia
no estado do Rio somente em dezembro.
A Federação das Indústrias aponta, em seu Mapa do Desenvolvimento do
Estado do Rio 2016-2025, o enfrentamento desse crime como indispensável para a
recuperação da economia fluminense. Isso porque, além de servir como fonte de
financiamento de outras atividades criminosas, o roubo de cargas possui
impactos diretos na atividade produtiva, geração de empregos, arrecadação de
tributos e atração de novos investimentos.
O Sistema Firjan, em conjunto com mais de 100 entidades, liderou em 2017
o Movimento Nacional Contra o Roubo de Cargas – Carta do Rio de Janeiro, que
aponta nove ações prioritárias para o combate a esse tipo de crime. Entre elas
estão o endurecimento das penas para os crimes relacionados a roubo de cargas,
como a receptação de mercadorias roubadas, com cassação do CNPJ da empresa
envolvida; maior atuação na proteção das fronteiras nacionais e maior atuação
integrada das forças de segurança, em todos os níveis de governo.
Uma das ações propostas pelo movimento já foi implementada: a proibição
de comercialização de bloqueadores de sinal de radiocomunicações (jammer),
medida aprovada pela Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro)
a partir da mobilização da sociedade civil organizada.
O estudo “O impacto econômico do roubo de cargas no estado do Rio de Janeiro” pode ser acessado através deste link.