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2 de set. de 2016
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Músicos de Petrópolis, RJ, se reúnem em samba que homenageia o Serrano FC

Camisa com história não morre', este é o samba que reúne grandes talentos da cidade imperial. Objetivo é homenagear o Serrano FC que retornou após um tempo fora dos gramados.



Choro, rock, forró, MPB - esses foram apenas alguns dos estilos que se encontraram na música “Camisa com história não morre”. Reunindo alguns dos principais talentos de Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, a canção promoveu o encontro de sonoridades diferentes, mas com um grande objetivo em comum: homenagear o Serrano Football Club, o “Leão da Serra”, que retornou em junho ao Campeonato Carioca após um hiato fora dos gramados. A música chega agora aos principais serviços de streaming.

Mais do que uma canção sobre um time de futebol, a composição veio para celebrar a história do clube e seus torcedores, muitos deles presentes na gravação da faixa. Do rock’n’roll de Gus Monsanto ao chorinho da flauta de Breno Morais, passando pelo baião inerente à voz de Guido Martini, vocal da Tribo de Gonzaga, “Camisa com história não morre” se tornou um trabalho feito a muitas mãos. Um time de cinco cantores e sete instrumentistas gravaram participações na música, que ganhou forma no Estúdio Aldeia, em gravação, mixagem e masterização feita por Gabriel Tauk.

A ideia veio com a volta do Serrano aos campos, em uma filosofia colaborativa semelhante à da composição. No caso do clube, foi uma campanha de financiamento coletivo que possibilitou a contratação de novo elenco, reformas no Estádio Atílio Marotti e regularizações necessárias para o retorno ao Campeonato Carioca. Os torcedores do Azulão foram os responsáveis por levantar mais de R$52 mil com a ajuda de uma nova equipe, a Frente Azul. Esse formato inspirou também a criação do samba, que ganhou o mesmo nome da campanha.

“O processo foi todo muito gostoso. Eu, Guido e Breno já éramos amigos e nutríamos uma grande admiração entre nós. Nos reunimos algumas vezes na casa do Breno, fizemos muitas rodadas de conversas sobre futebol, Petrópolis, música e cultura. A canção veio naturalmente conforme nos emocionávamos com as histórias”, lembra Bernardo Barnes, que compôs a letra com Breno e Guido e canta na música. Além dele, participam Gus Monsanto; Guido Martini, que também tocou violão; Gabriel Tauk (também contrabaixo); e Kika Notini (Trio Dubrá), nas vozes. O arranjo e a produção ficaram por conta de José Roberto Leão, que ainda toca violão de sete cordas. José Roberto também faz parte do Taruíra, grupo que participou em peso da faixa, com Breno Morais (flauta), Maurício Verde (cavaquinho), Carlos Watkins (saxofone) e Yuri Garrido (bateria).

Com a mobilização para o retorno do time acontecendo na internet, nada mais natural que a música surgisse na timeline do Twitter. O jornalista esportivo Dudu Monsanto, da ESPN, lidera a Frente Azul e sugeriu aos músicos a gravação da paródia de um samba antigo, com foco na história do clube. Bernardo foi além e propôs a composição de um samba original para o Serrano. “O Dudu é um entusiasta de marca maior e colocou o maior gás nessa iniciativa”, recorda o flautista Breno Morais. Se a motivação principal foi homenagear o Serrano, parte do que inspirou a música veio da vontade de mostrar o quanto a cidade tem a oferecer - não apenas no campo de futebol, mas também no das artes, entretenimento, história e arquitetura. Para dar vida à ideia, nada melhor que alguns dos maiores representantes da rica cena musical petropolitana.

“Precisamos valorizar a nossa cidade, estamos muito perto do Rio e sempre existiu a influência e a tendência de buscarmos na capital tudo o que precisamos. Mas temos uma cidade belíssima, com linda arquitetura e natureza, uma beleza exuberante e pessoas com muito talento. 

Temos que nos juntar para sermos fortes, e o encontro dos estilos é a melhor parte. Um de cada corrente musical, do belíssimo regional do Guido, passando pela presença da MPB da Kika, ao vigor do rock do Gus Monsanto. E eu me embrenhando dentre essas feras. Sem contar o talento e o carisma do Breno Morais e a qualidade dos arranjos do José Roberto, com toda a magia do choro e do samba”, analisa Bernardo.

Os fãs de música e os torcedores do clube já podem ouvir a música nos principais serviços de streaming:
 
Ficha técnica:

Composição: Bernardo Barnes, Guido Martini e Breno Morais
Vozes: Bernardo Barnes, Guido Martini, Kika Notini, Gus Monsanto, Gabriel Tauk
Violão de 7 cordas: José Roberto Leão
Violão de 6 cordas: Guido Martini
Baixo: Gabriel Tauk
Bateria e percussões: Yuri Garrido
Sax: Carlos Watkins
Cavaco: Maurício Verde
Flauta: Breno Morais
Produção e arranjos: José Roberto Leão
Gravação, mixagem e masterização: Gabriel Tauk no Estúdio Aldeia

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