Segundo os bombeiros, pelo menos cinco hectares já foram consumidos.
Equipes técnicas trabalham para restabelecer sinal em Petrópolis, no RJ.
Por: Bruno Rodrigues | Do: G1 Região Serrana
Pelo menos 40 homens e um helicóptero trabalham desde a manhã desta quarta-feira (13) no combate ao incêndio que atinge uma área de proteção ambiental no Morin, em Petrópolis, Região Serrana do Rio, desde a terça-feira. De acordo com o Corpo de Bombeiros, cinco hectares de mata, que correspondem a cinco campos de futebol, já foram consumidos. A suspeita é que um balão com fogos de artifício tenha iniciado o fogo, que atingiu as torres de transmissão da Inter TV e deixa parte da cidade sem sinal.
Helicóptero auxilia no combate ao incêndio (Foto: Marcelo Berner) |
O helicóptero do Corpo de Bombeiros tenta apagar os focos pelo ar. Bombeiros e brigadistas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICM-Bio) atuam por terra e retornaram ao ponto do incêndio às 6h.
Uma equipe da Inter TV avalia os danos causados nos equipamentos e trabalha para restaurar a estrutura afetada pelo fogo. De acordo com o supervisor técnico Ricardo Aguiar, a parte elétrica foi completamente destruída, deixando os assinantes da Tech Cable e o sinal da TV aberta fora do ar.
A previsão é que a transmissão seja restabelecida ainda nesta quarta-feira (13) para os assinantes da Tech Cable. Segundo Ricardo Aguiar, ainda não é possível dar uma previsão de quando o sinal estará novamente disponível na TV aberta.
"O problema atinge apenas o sinal em Petrópolis. Nenhuma outra cidade da Serra foi afetada", esclarece o técnico, acrescentando que o primeiro passo é restabelecer o transmissor do sinal análógico e em seguida o digital (sinal HD).
Tipo de vegetação e localização dificultam o combate
O analista ambiental do ICM-Bio Leonardo Martins Gomes, explica que o trabalho de combate é complexo por conta do tipo de vegetação e do difícil acesso. Ela afirma que a água lançada pela aeronave não tem penetração suficiente até o solo.
O analista ambiental do ICM-Bio Leonardo Martins Gomes, explica que o trabalho de combate é complexo por conta do tipo de vegetação e do difícil acesso. Ela afirma que a água lançada pela aeronave não tem penetração suficiente até o solo.
Incêndio atinge área de proteção ambiental em Petrópolis (Foto: Marcelo Santos/Inter TV) |
“O trabalho será lento e é bastante complexo de executar. O material que está queimando e um material de turfa (de alta combustão). Esses focos serão combatidos lentamente ao longo do dia e a gente pretende, pelo menos, controlar a situação hoje”, explica Leonardo, que acompanha do local o combate ao incêndio.
Em Petrópolis, desde janeiro deste ano, apenas três denúncia sobre queimadas foram relatadas ao Linha Verde, projeto do Disque Denúncia, exclusivo para crimes ambientais. O contato pode ser feito pelo 0300-253-1177 ao custo de uma ligação local. A denúncia é realizada de forma anônima.
Desde abril, a campanha "Disque Balão" também solicita que a população denuncie locais de fabricação, comercialização e soltura de balões, além de grupos de baloeiros.
Vale ressaltar que, de acordo com o artigo 42 da Lei de Crimes Ambientais, "fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam provocar incêndios nas florestas e demais formas de vegetação, em áreas urbanas ou qualquer tipo de assentamento humano é crime e tem como pena, detenção de um a três anos ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.” A polícia investiga o caso para tentar chegar ao autor do crime.