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15 de jul. de 2015
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Funcionário público mostra vídeo e denuncia precariedade em hospital

Imagens são da superlotação no Raul Sertã, em Nova Friburgo, no RJ.
Prefeitura confirma problemas de estrutura, mas nega mortes.


Hospital Raul Sertã em Nova Friburgo
(Foto: Reprodução / InterTV)
Fila de espera para cirurgias, falta de medicamentos e número reduzido de funcionários são apenas alguns dos problemas relatados e registrados em imagens por um funcionário público no Hospital Raul Sertã em Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio. A unidade é responsável por atender a demanda de mais de 10 municípios. O homem, que preferiu não ter a identidade revelada, afirma que as reclamações por parte de pacientes são constantes e as condições de trabalho são precárias.

Nas imagens feitas pelo funcionário é possível ver o Centro de Tratamento de Urgência Masculino com super lotação. Segundo ele, várias patologias são tratadas juntas, inclusive as que precisam de cuidados maiores com isolamento. Ao todo, 20 pacientes eram atendidos por duas técnicas de enfermagem.

"As pessoas chegam lá e morrem por falta de atendimento. Aumentou o número de óbitos. Todo dia tem muito óbito no hospital. Atende aquele monte de paciente mas, infelizmente, não tem organização, não tem vagas, e estamos sofrendo com isso. Não contratam mais ninguém e não querem pagar nossas horas extras também", afirmou o funcionário.

A dona de casa Maria da Penha, que tem um tio de 78 anos internado no hospital, confirma a precariedade do atendimento. "Meu tio está aqui há 9 dias esperando por uma cirurgia. Eu peço socorro pelas pessoas que estão nesse hospital", afirmou.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde esclareceu que está estabelecendo prioridades em curto, médio e longo prazos para a melhoria do hospital. A prefeitura afirma que os problemas estruturais da unidade são antigos e que cirurgias eletivas estavam atrasadas em função do período em que a central de esterilização ficou fechada. Elas já estão sendo realizadas de acordo os critérios de prioridade estabelecidos pela direção médica do hospital.

A Prefeitura também informou que o hospital é fiscalizado por órgãos competentes, como o Conselho Regional de Medicina, Enfermagem, Ministério Público, poder legislativo e Conselho Municipal de Saúde. Segundo o município, a unidade atende aos requisitos de atendimento para assegurar a atenção emergencial dos pacientes. A Prefeitura nega que estejam ocorrendo mortes no hospital por falta de assistência.


Fonte: G1 Região Serrana
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