Grupo de manifestantes questionou o prefeito em evento nesta segunda (9).
Prefeito garante penalizar responsáveis por corte irregular.
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Imagens aéreas mostram o tamanho do eucalipto cortado no dia 28 (Foto: Montagna Filmes/Divulgação) |
Uma cerimônia de posse reuniu, na manhã desta segunda-feira (9), representante do movimento "Abraço às Árvores" e autoridades de Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio. Durante a reunião, que deu posse aos novos membros do Conselho de Cultura da cidade, integrantes do movimento pacífico que há dias faz atos públicos, questionaram o prefeito sobre possíveis irregularidades no corte dos eucaliptos centenários da Praça Getúlio Vargas, estas apontadas pelo próprio Ministério Público Federal (MPF).
De acordo com o grupo "SOS Praça Getúlio Vargas", durante a conversa, que aconteceu no Salão Azul da Prefeitura, foram levantadas questões como a suposta falta de transparência e diálogo com a comunidade acerca do corte e a parceria da prefeitura com uma universidade privada, que fez a análise das árvores, ao invés da parceria já firmada anteriormente com a Universidade Federal Fluminense (UFF).
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Grupo pede transparência em processos de cortes (Foto: Alessandro Rifan / Arquivo pessoal) |
Segundo o especialista em Gestão Ambiental e um dos representantes do movimento, Alessandro Rifan, as respostas dadas pelo próprio prefeito Rogério Cabral não foram satisfatórias. "Recebemos respostas evasivas. O prefeito apenas disse que os responsáveis iriam pagar pelo corte da árvore 48 e seriam demitidos", conta. Porém, de acordo com ele, foram identificados diversos erros nos cortes além da árvore 48 - cortada sem autorização e investigada pelo MPF.
Em nota, a assessoria da Prefeitura de Nova Friburgo informou que o governo tem respondido todas as indagações da imprensa e, também, dos manifestantes. "Já aconteceram três contatos diretos entre o prefeito e os manifestantes. O prefeito ouviu as indagações feitas e respondeu a todas. O que parece que está acontecendo é que o prefeito ouve, mas na hora em que as respostas estão sendo dadas, os manifestantes se retiram do ambiente de diálogo. Talvez por isso estejam dizendo que as respostas são "evasivas e insatisfatórias", notificou a assessoria. Ainda segundo eles, um inquérito administrativo está apurando o corte irregular de uma das árvores. "Se constatada a irregularidade, o responsável será punido pela administração pública, de acordo com a lei vigente".
Por: G1 Região Serrana
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