Área de muita altitude tem vegetação altamente inflamável.
Pedra do Sino e Morro do Açú estão fechados desde ontem, quarta-feira (15).
A travessia Petrópolis-Teresópolis pelo Parque Nacional da Serra dos Órgãos (Parnaso), na Região Serrana do Rio, está impedida por conta da queimada que já consumiu 600 hectares de Mata Atlântica desde segunda-feira (13). Os principais atrativos turísticos do parque, que são a trilha da Pedra do Sino, em Teresópolis, e a do Açú, em Petrópolis, estão interditadas desde quarta-feira (15). Na manhã desta quinta-feira (16), um sobrevoou feito na região mostrou que o fogo continua se alastrando. Uma aeronave da Polícia Civil vai transportar 37 brigadistas do parque e do Ibama que vão pernoitar no parque e atuar no enfrentamento.
Fogo ameaça parte alta do parque e brigadistas vão pernoitar no local (Foto: Divulgação/ Rebio Araras) |
O objetivo dos brigadistas é conter as chamas que se deslocam para a parte alta do Parque Nacional, em pontos próximos às trilhas. Os atrativos recebem, em média, 500 pessoas nos fins de semana e o ponto mais alto fica a 2.265 metros de altitude. Segundo o chefe do Parnaso, Leandro Goulart, há possibilidade das trilhas serem liberadas nesta sexta-feira (17). “O fogo não chegou a área do município de Teresópolis, mas as chamas estão bem altas. Com o auxílio do helicóptero para o transporte da equipe, já que o local é de difícil acesso, acredito que será possível conter o fogo”, afirmou Leandro Goulart.
Aeronave vai levar brigadistas a área de difícil acesso (Foto: Divulgação/ Rebio Araras) |
As chamas se alastraram e estão próximas ao campo de altitude, local de vegetação altamente inflamável. A região é rica em bromélias e orquídeas, tendo, inclusive, espécies raras.
O fogo recomeçou também na região do Mata Porcos, na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) do Cavalo Baio. O incêndio havia sido controlado no local na terça-feira (14) e uma equipe de especialistas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) chegou a realizar uma incursão no local nesta quarta-feira. O objetivo era fazer um levantamento do impacto sobre a flora e a fauna, além do possível resgate de animais feridos. “As chamas retornaram na parte mais alta, três quilômetros acima de onde a equipe esteve”, explicou o secretário executivo do Parnaso, Luiz Felipe Pimentel.
Chamas ganharam força novamente na região do Mata Porcos (Foto: Fernanda Soares/G1) |
Os esforços também estão concentrados no trecho da BR-495, que faz limite com o parque, onde também há um foco de incêndio. Dez brigadistas estão no local.
Fri Notícias/G1 Região Serrana