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4 de nov. de 2013
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Fechamento da Perimetral causa nó no trânsito do Rio de Janeiro

Motoristas enfrentam retenções na zona portuária. Passageiros têm dificuldades para pegar o transporte público.


A manhã desta segunda-feira (4) dos cariocas que precisam trafegar pela Zona Portuária do Rio não foi nada fácil. As mudanças no trânsito e nas linhas de ônibus, devido a demolição do Elevado da Perimetral, deixou o fluxo congestionado nas imediações da via.

Segundo o secretário de Transporte, Carlos Roberto Osório, o protesto e um vazamento da Cedae na Rua Barão de Tefée com Avenida Rodrigues Alves, dificultaram ainda mais o trânsito na região da Zona Portuária. "Sempre os primeiros dias são mais complexos. Mas esses dois incidentes prejudicaram: a manifestação e um vazamento da Cedae. Com o fim, pretendemos restabelecer o trânsito. A segunda-feira de chegada ao Centro do Rio é muito complicada há anos. Hoje não tivemos uma situação diferente, infelizmente tivemos fatores externos", contou Osório.

Osório destacou que a Via Binário teve uma boa fluidez do trânsito e, segundo ele, não foi impactada pelo ato e nem pelo vazamento. "Estamos em uma operação de pico da manhã. Os sinais estão sendo operados também com a ajuda de agentes. Mas o ajuste se dará na prática ao longo do tempo. A operação da parte da tarde vai começar às 13h", disse o secretário.

Em relação aos ônibus, Osório afirmou que é natural que os passageiros passem por um processo de adaptação. "As condições de integração são melhores que na Avenida Rodrigues Alves. Não havia ordenamento. Mas num primeiro dia é normal que eles tenham dúvidas. O trajeto não muda quase nada, é pequeno. O que muda e é significativo é o ponto de integração", disse Osório, destacando que 400 homens orientam os motoristas na Zona Portuária.

Agentes da CET-Rio e guardas municipais estavam espalhados por vários pontos da região para orientar motoristas e pedestres que ainda estavam em dúvida com as mudanças. Muitas placas e letreiros mostravam as modificações.

Os pontos de ônibus que ficavam em frente à Rodoviária Novo Rio foram retirados. Quem precisa seguir para a Praça Mauá, Castelo e Praça XV tem de ir para os pontos da Avenida Rodrigues Alves. Os passageiros que dependem dos coletivos precisam para o Terminal  Américo Fontenelle, na Central. E, para a Zona Sul da cidade, têm de  ir até o Terminal Rodoviário Padre Henrique Otte, localizado na parte de trás da Rodoviária Novo Rio. Para informar as mudanças, folhetos informativos foram distribuídos para a população.

A condição do trânsito também não era boa para os motoristas na Avenida Rodrigues Alves. Placas luminosas indicavam o último acesso ao Túnel Santa Bárbara.
Moradora de Niterói, a costureira Maria Cleusa de Oliveira está achando as mudanças nos pontos de ônibus complicadas.

"Este primeiro dia está difícil. A gente vai para um lado e para o outro e não sabe nada direito. O ônibus que vinha de Niterói parava aqui pertinho da Rodoviária, agora a gente tem que andar muito. Mas eles estão tentando ajudar, mostrando o caminho", contou a costureira.

Alan Carlos é operador de guindaste e trabalha bem perto da Rodoviária Novo Rio. Segundo ele, as mudanças que vêm ocorrendo na região há uma semana estão sendo bem feitas. "A área esta bem sinalizada e a gente tem muita informação. Não tem nada para reclamar." Uma manifestação de operários das obras do Porto Maravilha, na região, complicou ainda mais o trânsito.


Trânsito estava totalmente parado na Avenida Rodrigues Alves por volta das 9h20 (Foto: Mariucha Machado / G1)

Para o motorista que ficou engarrafado na Avenida Rodrigues Alves, a alternativa para sair do congestionamento é acessar a Rua Camerino, em direção ao Centro da cidade. O motorista que vem pela Avenida Brasil pode ainda seguir pela Avenida Francisco Bicalho.


Motoristas que passavam pela Av. Rodrigues Alves por volta das 7h50 precisavam ter paciência (Foto: Mariucha Machado / G1)

Em função da demolição, o trânsito na Zona Portuária deve ter transtornos, como já reconheceu o prefeito Eduardo Paes, que insiste para que os motoristas tenham paciência. "Queria pedir para as pessoas que vêm ao Centro para usar a carona solidária e o transporte público. Sabemos que essa segunda-feira será um dia confuso", adiantou, na ocasião da interdição do trecho do Elevado entre o Viaduto do Gasômetro e a Praça Mauá.

Uma das alternativas ao tráfego é a Via Binário, que foi inaugurada também no sábado (veja as rotas opcionais abaixo). Paralela à Avenida Rodrigues Alves, a rua tem três faixas por sentido e saídas para a distribuição interna do trânsito. Mas por volta das 7h30, o trânsito estava lento na saída do túnel, mas fluía melhor no restante da via.

Outro trajeto alternativo, paralelo à Via Binário do Porto, na Região Portuária do Rio, foi aberto ao tráfego na manhã de domingo. A rota faz a ligação da Avenida Rodrigues Alves ao Terminal Rodoviário Padre Henrique Otte, ao Túnel Santa Bárbara e ao Terminal Rodoviário Américo Fontenelle, na Central do Brasil.

De acordo com a CET-Rio, o objetivo do trajeto é retirar da Avenida Rodrigues Alves o fluxo de ônibus intermunicipais com destino à Central do Brasil. E também retirar os veículos que seguem em direção ao Elevado 31 de Março e ao Túnel Santa Bárbara, na Zona Sul.

"Não há a menor dúvida de que a gente vai viver um período de um ano e meio, dois anos que será muito difícil. É uma transformação de uma área degradada da cidade que é fundamental. O Rio redescobre o seu Centro", concluiu o prefeito.





Fri Notícias/G1.com


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