O aterro sanitário de São Fidélis, localizado no distrito de Pureza, no Norte do estado do Rio de Janeiro, se prepara para atender outros oito municípios, além dos sete que hoje despejam diariamente resíduos sólidos no local. A câmara de vereadores do município ampliou o número de municípios cobertos pelo serviço de limpeza pública. A votação foi apertada e a decisão foi aprovada por sete votos contra seis. Atualmente, o aterro recebe em média 170 toneladas diárias de lixo.A obra do aterro sanitário custou cerca de 12 milhões de reais e promete beneficiar mais de 367 mil pessoas do norte e noroeste. Os moradores de Pureza dizem que não houve nenhum tipo de consulta pública sobre a ampliação do número de município cujo lixo será destinado ao local.
Um dos motivos da decisão é a determinação do Programa Nacional de Resíduos Sólidos, instituída pela Lei nº 12.305/2010,que determina que até 2014, todos os municípios devem erradicar os lixões a céu aberto. Com isso, a demanda por aterros sanitários é cada vez maior e a tendência é que os municípios do Norte e Noroeste se reúnam em consórcios.
Os produtores rurais a preocupação é em relação à contaminação da água que abastece o distrito, uma vez que existem várias nascentes localizadas próximas ao local onde lixo será depositado. Uma delas abastece diretamente o rio Paraíba do Sul.
O aterro foi instalado próximo a uma estrada rural, que servia de atalho entre Pureza e Cambuci, para escoar a produção. Com a chegada do aterro, o trânsito ficou inviabilizado.
O Inea, Instituto Estadual do Ambiente, informou que o aterro de são fidelis está autorizado a receber resíduos de 7 municípios e para que esse número seja ampliado é preciso aprovação do governo do estado. As outras cidades devem usar um outro aterro sanitário, em Itaperuna, que está em fase de planejamento. Ele deve começar a ser construído após a desapropriação da área planejada. O processo está em tramitação.
Sobre a contaminação da água, o Inea informou que o aterro é impermeabilizado e segue todas as normas ambientais e que as nascentes estariam isoladas e protegidas. O chorume, líquido tóxico produzido pelo lixo, será drenado e tratado. O aterro de São Fidelis deve entrar em operação em junho deste ano.
Fri-Notícias/G1.com
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