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| Julho Cesar de Paula (Foto: Arquivo da família) |
O crime aconteceu enquanto na escola aconteciam as aulas do período noturno. Alguns jovens teriam presenciado a confusão. Segundo a tia da vítima, o diretor teria tentado separar a briga, mas não conseguiu evitar a morte do garoto.
Julho César trabalhava como servente de pedreiro e teria o primeiro filho em poucos meses. Morava a poucos metros da escola Abdalla, no bairro Nova Esperança, onde ocorreu a briga.
A família acredita que o suspeito de matar Julho Cesar ainda estuda na escola e estaria em horário de aula na hora em que ocorreu o crime. É o que também afirmaram alguns estudantes que não quiseram se identificar. Mas, a informação não foi confirmada pela direção da Abdalla, que afirmou não querer se pronunciar e ter como porta-voz o prefeito da cidade.
O enterro aconteceu no final da tarde desta quinta, no Cemitério Municipal de Rio das Ostras.
Família cobra esclarecimentos
O suspeito de matar Julho ainda não foi identificado pela polícia. De acordo com a Delegada da 128ª Delegacia de Polícia de Rio das Ostras, Carla Tavares, apenas a informação do primeiro nome do suspeito não seria suficiente para ter certeza sobre o responsável pela morte do jovem, que está em investigação.
Ainda segundo a delegada Carla Tavares, no final da tarde de quinta-feira, exame preliminar do IML apontou que a causa da morte não foi por lesão corporal e que o jovem teria sofrido um edema pulmonar. Por causa disso, uma mostra do exame será enviada para avaliação no Rio de Janeiro. O resultado final deverá ser divulgado em 30 dias.
A família de Julho César afirmou que irá acompanhar o caso de perto até que cheguem às reais motivações da morte do jovem.
“Que a justiça seja feita. Muitos casos semelhantes estão acontecendo e ficando impunes. Esse não vamos deixar que fique. Será preciso mais vidas para fazer justiça? A gente vai cobrar, vai ficar em cima”, disse a tia de Julho, Rosiene de Paula.
Foi ela quem esteve no IML para fazer o reconhecimento do corpo nesta quinta-feira (4) e afirmou que, apesar de não haver nenhum laudo até o momento, o jovem não apresentou marcas aparentes de enforcamento.
“Não tinha marca nenhuma de enforcamento, nem de lesão no corpo. Vi apenas um machucado aqui (apontando para a cabeça). Fui informada que só daqui a 30 dias que saberemos a causa da morte”, disse.
O avô de Julho foi cauteloso e afirmou que vai esperar o laudo do IML. “Ele era uma pessoa boa, trabalhador, sempre arrumava serviço. Mas, sobre a briga a gente está ainda em observação, vamos entrar com ação para investigar, mas não podemos falar exato o que aconteceu”, disse Paulo de Paula, acrescentando que não vai descansar até conseguir chegar às causas da morte do neto. “Eu quero a verdade, que nada fique embaixo dos panos”, acrescentou.
Prefeito nega versão
O prefeito de Rio das Ostras, Alcebíades Sabino, concedeu uma coletiva de imprensa na tarde desta quinta-feira (4) para divulgar as medidas que serão tomadas sobre o caso. Na ocasião, a prefeitura negou a informação de que um dos dois envolvidos na briga seria aluno da escola municipal.
Segundo o prefeito, um Guarda Municipal seria responsável por fazer a segurança do local durante a noite. No entanto, o prefeito não soube informar o motivo do servidor não estar no local na noite de quarta-feira. Sabino disse ainda estar atento aos índices de violência e afirmou que a segurança será reforçada no município. Uma operação com ajuda de 60 polícias de Macaé, Pádua, Itaperuna, que já estava prevista para acontecer no município, deve começar esta semana, principalmente em locais próximos às instituições de ensino.
Fri-Notícias/G1.com
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