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28 de mai. de 2013
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Moradores do Rui Sanglard, em Nova Friburgo, reivindicam creche nova

Creche funciona precariamente em imóvel alugado. Pais dos alunos pedem a reconstrução da antiga sede.

Moradores do Rui Sanglard, em Nova Friburgo, esperam a reconstrução da Creche Municipal Isabel Jovelina Monteiro há mais de dois anos, desde que o prédio foi atingido por uma barreira, na tragédia em janeiro de 2011. Atualmente, a creche funciona numa casa alugada pela prefeitura, na Rua José Poletti, mas o espaço não é adequado para atender 92 crianças, de quatro meses até cinco anos e meio de idade.


Local foi atingido na tragédia. Imóvel foi limpo, mas não tem condições de abrigar as 92 crianças. (Foto: Divulgação)

Além da falta de espaço, o problema ficou ainda pior depois que o entupimento de uma caixa de gordura está causando o vazamento de esgoto. “Alugaram essa casa para o funcionamento da creche, só que a mesma não suporta a demanda. É uma casa, não é um local adequado para as crianças. Mas está funcionando, muito precária, mas está. Faltam funcionários e tem um vazamento de esgoto no pátio, dá para acreditar? E não é a primeira vez que isso acontece”, contou Israel Moura, morador do bairro e pai de aluna.

 Há informações de que o esgoto está vazando no refeitório. “As crianças comem perto daquela água suja, tem mosca pra todo lado. É terrível”, denunciou uma moradora que não quis se identificar. Além disso, a falta de funcionários é outra queixa frequente por quem conhece a rotina do local e depende do ensino público para os filhos. Segundo os pais de alunos, atualmente a creche conta apenas com uma pessoa para a fazer toda a limpeza, e ainda faltam professoras e auxiliares de creche.


Os moradores disseram também que ninguém quer trabalhar na Isabel Jovelina Monteiro, pois, quando chegam lá, não se adaptam com a falta de estrutura para as crianças e as péssimas condições de trabalho.Os funcionários acabam solicitando à secretaria de Educação remanejamento para dar aulas em outra instituição.

Barreira que atingiu a creche na targédia em janeiro
de 2011. (Foto: Divulgação)

Enquanto os pais reivindicam o mínimo de infraestrutura para os filhos, eles também aguardam a reconstrução da sede antiga ou a construção de um local adequado para a educação das crianças. “Pouco tempo depois da tragédia em 2011, o então secretário de Educação esteve no bairro e ficou decidido que a creche seria reconstruída. Fizeram a topografia, mediram, mediram, mas, até hoje, ficou só nisso. Um descaso total! E até onde eu sei o dinheiro do governo do estado foi liberado há mais de dois anos. A planta está pronta, uma maquete linda, segundo a presidente da associação de moradores do bairro. Tudo está só no papel, não sai disso”, frisou Israel Moura, revoltado com a situação.

Em contato com a secretaria de Educação de Nova Friburgo, a subsecretária Patrícia Pimentel informou que “a carência de funcionários dá-se ao não comparecimento destes profissionais às convocações relativas aos concursos de 1999 e 2007”. A secretária também informou que já foram realizadas duas convocações, uma do concurso de 1999 e outra de 2007 e que, na última chamada, feita há cerca de 20 dias, apenas 50% dos convocados compareceram. Uma outra convocação, relativa ao concurso de 1999 deverá ser realizada no próximo mês.


Com relação ao vazamento de esgoto, Juliana Moura, gerente de infraestrutura da secretaria, explicou que a situação do vazamento da caixa de gordura foi resolvida e a secretaria está buscando outros imóveis para fazer a mudança da creche. A gerente acredita que até o final do semestre a situação desta unidade esteja resolvida.

A creche era bastante ampla e oferecia a infraestrutra necessária. (Foto: Divulgação)

Não é apenas a Creche Municipal Isabel Jovelina Monteiro que precisa ser reconstruída.  A Creche Maria Ignês de Andrade Bachini e a Escola Adezir Almeida Garcia, ambas no Córrego Dantas, também foram atingidas na tragédia de 2011 e funcionam em local improvisado, assim como a Escola José Alves de Macedo, na Fazenda Rio de Grande.

Segundo as Medidas Provisórias números 530 e 531, foram liberados R$ 74 milhões para o Ministério da Educação que podem ser utilizados para reconstruir e reformar unidades escolares municipais e estaduais que tenham sofrido prejuízo com desastres naturais.


A Empresa de Obras Públicas do Estado de Rio de Janeiro (Emop), informou através de nota que “parte dos recursos repassados à Emop pela Seeduc (Secretaria de Estado de Educação), em agosto de 2011, não foram utilizados, porque municípios não apresentaram projetos nem planejamento para a execução da obra. Os recursos não foram gastos, sendo devolvidos à Seeduc, que os depositou em conta remunerada no Banco do Brasil”.



Fri Notícias/G1.com



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